sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

«Todas as histórias de amor, são potenciais histórias de dor»


"(...) Vivemos uma vida normal, verdadeira, e no entanto - e por isso mesmo - temos aspirações. Terráqueos, conseguimos às vezes chegar tão longe como os deuses. Alguns elevam-se com a arte, outros com a religião; a maioria com o amor. Mas quando subimos também podemos despenhar-nos. Há poucas aterragens suaves. Podemos dar connosco aos saltos pelo chão, com uma força capaz de partir pernas, arrastados para uma qualquer via-férrea estrangeira. Todas as histórias de amor são potenciais histórias de dor. Se não no princípio, depois. Se não para um, para outro. Às vezes para ambos."


O último livro da minha mesinha de cabeceira, «Níveis da vida» de Julian Barnes, deixou-me com medo de querer viver uma vida normal. Uma vida normal é avassaladora, é demasiado exigente, ou antes, nós somos demasiado exigentes com ela. Queremos, queremos ser maiores, mais fortes, e somos cada vez menos. Porque é que magoamos? Porque é que erramos?  Porque é que temos dor?  Porque é que provocamos dor? Devíamos de querer ter uma vida normal, e viver uma vida normal, sem aspirações, nem dor! 


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